A iniciativa na procura dos Valos de Almeirim, conduzida pelo Companheiro Eurico Henriques, redundou numa noite de agradável convívio onde se juntou ao saudável exercício um enriquecimento de conhecimentos sobre a história local.

Foros da Vala d’Almeirim. Relação de Bens de Afonso V – 1450

Confrontações: A Vala d’Almeirim está no Campo de Santarém, entre a ribeira de Alpiarça – por dentro de água –até à Serra d’Almeirim; contra a Chamusca, junto com o Reguengo da Turruja que é d’El Rei; e contra Muja junto com a herdade do Chichorro - desde Alpiarça a Alpiarçoilo; e do Alpiarçoilo até à Charneca parte com herdade de Luís Mendes.

Na Vala, desde o Reguengo da Turruja até à herdade do Chichorro tem 616 estis (*), medidos a direito por metade da vala a fundo entre Alpiarça e Alpiarçoilo, começados a medir a direito das azenhas (acenhas) da testada do Reguengo e acabados na metade da testada do Chichorro d’além dos valos a direito, donde estão os marcos fora dos valos, porque as confrontações da Vala d’Almeirim vão além dos valos.

As confrontações das terras onde se procedeu à construção da vila de Almeirim, adquiridas por D. João I, indicam limites naturais que a demarcam. Atendendo a que nesta região não existem formações rochosas, graníticas ou de outra natureza, que poderiam servir para as construções, a proteção do lugar e das propriedades fez-se com o recurso a “grossos e altos Valos”.

Esta referência esclarece sobre a proteção do Paço e construções efetuadas. Atendendo a que estamos a referenciar o final da Idade Média, em que a segurança da pessoa do Rei e respetiva família era uma prioridade, podemos aceitar que a edificação do Paço exigiu a construção de uma defesa: “os Valos”. Há, igualmente, referências em cartas de aforamento e ordens de deslocação. O Rei D. Manuel I, emite mandados dirigidos ao Guarda d’Almeirim, ou a quem tiver essas funções para deixar entrar na vila pessoas da sua Corte.

Havia, entre Almeirim e a Charneca, uma grande vinha que estava igualmente protegida com Valos. - Uma grande vinha dentro da Vala a qual está entre o assentamento dos Paços e a Charneca, toda valada e cerrada sobre si. E esta vinha anda partida por courelas com estremas entre cada courela e há agora, dentro dela, vinte e duas courelas de vinhas que estão aforadas aos moradores que povoam Almeirim e pagam estes foros.

Esta vinha estendia-se, aproximadamente, da atual rua dos Aliados até à rua de Coruche.

Hoje tudo desapareceu. As construções faziam-se com materiais pouco compactados, os quais foram desaparecendo para dar lugar à expansão da vila, hoje cidade.

Planta da vila de Almeirim, elaborada pelo Coronel Engenheiro (depois General) José Júlio Guerra, depois do ano de 1855. Integrada nos levantamentos topográficos para a regularização da Ribeira de Alpiarça.

 

Eurico Henriques, 28-09-2021.

 

(*) estil – 25 palmos.


 

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